Nuvens de chuva e fortes rajadas de vento subitamente vieram sobre a escola primária Alpine. As emissoras de rádio avisavam sobre furacão. Era perigoso demais mandar as crianças para casa. Elas foram levadas para o porão da escola onde ficaram encolhidinhas de medo, todas juntas.
Nós, os professores, também estávamos preocupados. Para ajudar a aliviar a tensão, a diretora sugeriu que cantássemos. As vozes, porém, estavam fracas e sem entusiasmo. Pouco a pouco todas as crianças começaram a chorar e não conseguíamos acalmá-las.
Foi então que uma professora que parecia ter fé à altura da emergência, sussurrou para a criança ao seu lado: “Você não se esqueceu de algo, Kátia? Existe Alguém mais poderoso do que a tempestade e que pode nos proteger. Simplesmente diga ‘Deus está comigo’. Depois diga para a criança ao seu lado. À medida que essa frase foi sussurrada de uma criança para outra, uma sensação de paz sobreveio ao grupo. Eu ouvia o vento lá fora soprando com a mesma fúria de antes, mas agora parecia não importar. Ali dentro o medo desvanecera e as lágrimas secaram.
Um tempo depois, quando ouvimos o sinal no rádio avisando que tudo estava bem, alunos e professores voltaram às salas sem a confusão e a “falação” costumeiras.
No decorrer de todos estes anos, muitas foram as vezes em que pensei nessas palavras. Em momentos de tensão e angústia, consegui mais uma vez libertar-me do medo e da tensão repetindo: ‘Deus está comigo’.
Phyllis I. Martin
Nenhum comentário:
Postar um comentário